segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A ilusão de ser o número 1

Muitas pessoas pensam realmente que exista alguém que seja número 1 em algo,isso quando elas mesmas não querem ser número 1 em algo,mas eu penso que isso não existe ou não é possível,simplesmente pelo fato de que sempre haverá alguém melhor que você em algo,não importa o quão bom você seja,se não existe ainda,irá existir.
"Ahhh mas Pelé foi o melhor do mundo incontestavelmente" ,mas por acaso todas as pessoas jogaram futebol no mundo para saber qual dos tantos bilhões jogavam melhor que ele ? enquanto pelé jogava,pessoas tinham que fazer outras coisas pra viver e não podiam jogar bola,então pelé não foi o melhor jogador do mundo,foi apenas o melhor em um pequeno grupo de pessoas que praticavam o futebol em uma certa época,somente isso,nada mais que isso.
"Ahhh mas o phelps é deus e blá blá blá..." , novamente eu digo : Por acaso todas as pessoas do mundo praticaram natação e chegaram a competir para ver quem é realmente o melhor ? eu mesmo não sei nadar,mas quem sabe eu comece a nadar um dia e me revele melhor que phelps nas piscinas olímpicas ? Parece até uma piada,mas coisas desse tipo acontecem,você que está lendo esse texto pode ter um talento que desconhece,se permita lhe dar possibilidades.
Enquanto phelps treinava,pessoas tinham que dar suas vidas em guerras,pessoas lutavam diariamente por uma migalha de comida e justiça em seu país.
Phelps e pelé não são nem de longe número 1 no que fizeram/fazem,são apenas pessoas que se destacaram em um seleto grupo extremamente pequeno,apenas isso,e digo mais,ainda nascerá alguém que baterá os recordes de phelps,se é que esse ser já não nasceu e morreu de fome em uma esquina da vida sem saber o que é uma piscina...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Dimmu Borgir - Allegience

Esta é a tradução de uma música cuja letra eu achei muito profunda e reflexiva sobre coisas da vida que creio valerem a pena se pensar.

Composição: Silenoz

Lealdade

"Acariciado em um útero frio,sem raios de sol e preto como piche,ele era... O inferno o aguarda pacientemente... Em um solo derramado de sangue um nobre pesar mexeu seu coração,sempre pronto para morrer,numa sistematização sinistra,submissão é de ouro,como um aprendiz da violência,morticínios e derramamento de sangue...
Ele era como um objeto sendo processado... Um destruidor alimentado à força,pronto para a abominação...
A vasta solidão nele testemunhou tudo... Aqueles olhos aflitos e seus rostos cobertos de medo tornaram a disciplina incondicional...
Fracasso inaceitável... Hostes para o esquecimento... Explorando o mais obscuro dos lugares,fedor de carne podre tomando conta de sua respiração...
Cada dia parecia como uma noite infinita... Quando ele iria despertar deste vazio?... Nenhuma outra voz se não a dele próprio,sempre contará o que foi real e onde ele esteve,o que ele fez... Você sangrou pela causa como o resto dos homens dele? Você captou a euforia como se fosse para matar?
Como uma força de necromancia por trás de tudo,eles certamente batalharam até o fim... Mas quando veio toda a glória,quem não foi poupado para carregar seu corpo ? Só a pura morte... É profundo demais para ser compartilhado... Era tudo isso uma visão produzida em sua memória para servir as devastações da loucura na linha de frente ?
A vida perdeu para sempre sua inocência... Nunca verá a luz do dia novamente... Ele ponderou seus últimos poucos passos nos reinos da morte com suas mãos manchadas de sangue ...





Coragem e Consistência.
Bravura e Valor.
Honra e Orgulho.
Para que serve tudo isso?"

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Um texto muito bom de uma pessoa que vi no orkut.

"Quando cheguei à casa antiga, o homem morto disse:

- Teu rosto é um ninho de olhares tortos...

Procurei não deixar o aviso entrar por meus ouvidos, mas foi inevitável, e ao caminhar por ruas ermas e vagas, entendi finalmente o que ele disse.

Eu esperava por um milagre que nunca aconteceu. E esta doença me corroía lentamente, e nada eu podia fazer. Perambulava por vilarejos vizinhos à noite, em busca de algo útil... Perda de tempo. Eu estava atrás de...

E quando nascia o sol, eu voltava à casa antiga.

A agonia do verme trancado no sótão ecoava por cada canto de minha alma atormentada, e as balas sangravam minha garganta seca, rouca por um copo de qualquer coisa... Sonolento, vou para meu quarto com as mesmas desculpas de sempre. Até tentei encontrar outras portas, mas o corredor estava preso às fendas. Com a vassoura, batia no teto na esperança de calar aquele prisioneiro da própria loucura no cômodo superior gargalhando freneticamente.

Um Irmão.

Um louco.

Quem era aquele que me atormentava o sono desde tempos idos? De quem era a face deformada do outro lado do espelho?

E eu pegava no sono.

E a menina dançava mecanicamente.

E girava, girava....me deixava tonto com suas pequenas esperanças. E eu acordava cansado, tremendo. Meu corpo exigia um pouco daquilo que me mantinha respirando.

A dor.







O asco.



E a visão escurecia, e tudo se calava.

Mas a menina dançava freneticamente, enquanto o palhaço ria mecanicamente, e eu ainda via a face do homem morto presa às fendas atrás do espelho. Cuspiram o medo coagulado em um copo seco, e o milagre sonolento passeava por ruas ermas em busca de gargantas inocentes para se saciar da doença que embebeda os loucos, os profanos, os vermes que, como eu, se esgueiram noite adentro atrás de...

Com o passar das eras, percebi que sou agora o homem morto. Sou a doença que corrói a alma. Sou o verme, o louco, o profano que rasga gargantas em busca da salvação - aquela que não existe - no homem.

Sou o milagre.









Sou um carniceiro.









Sou a sombra que ecoa pelos cantos da casa antiga....."

(profile do autor do texto)